Prática insuficiente de atividade física e sedentarismo são condutas estreitamente relacionadas ao aparecimento de uma série de distúrbios crônico-degenerativos. Apesar de não se ter acesso a estatísticas mais precisas, sabe-se que sua prevalência na sociedade atual é bastante elevada.
Uma grande quantidade de evidências científicas têm demonstrado, cada vez mais, que o hábito da prática de atividade física e exercício físico se constitui não apenas em instrumento fundamental nos programas voltados à promoção da saúde, inibindo o aparecimento e desenvolvimento de muitas alterações orgânicas que se associam ao processo degenerativo, mas também no tratamento e na reabilitação de determinadas doenças que atualmente contribuem para o aumento dos índices de morbidade e mortalidade.
Em vista disso, parece lógico que qualquer iniciativa direcionada ao aprimoramento e à manutenção de um melhor estado de saúde necessariamente deverá privilegiar ações voltadas ao aumento dos níveis de prática da atividade física. Assim, para o delineamento de programas regulares de exercício físico, é necessário dispor de informações confiáveis e atualizadas que venham subsidiar as tomadas de decisões, na tentativa de alcançar o máximo de eficácia do ponto de vista de atenção primária à saúde.
Desse modo, espera-se, com este material, oferecer informações que possam vir a contribuir para ampliar e atualizar os conhecimentos com relação ao papel da atividade física na promoção da saúde, culminando com a apresentação de alternativas práticas de prescrição e orientação de programas de exercício físico.
Mediante análise da composição corporal torna-se possível identificar os principais componentes estruturais do corpo humano, em particular as frações do peso corporal equivalentes à massa de gordura, à massa magra e à massa isenta de gordura, utilizadas como importantes marcadores no diagnóstico de doenças e nas intervenções dietéticas e de prática de exercício físico. Devido a isto, observa-se crescente interesse pelo monitoramento da composição corporal, o que tem favorecido o desenvolvimento de novos procedimentos que possam oferecer maior confiabilidade as estimativas de seus componentes. No entanto, as medidas disponibilizadas pelos diferentes procedimentos para análise da composição corporal apresentam variações dependendo dos pressupostos biofísicos que as norteiam e das exigências de condição de uso. Neste contexto, torna-se importante conhecer as limitações e as potencialidades de cada procedimento para que suas estimativas possam ser interpretadas corretamente. Esta publicação foi idealizada com vistas a reunir informações sobre os protocolos clínicos utilizados para análise da composição corporal, especificamente procedimentos identificados com os métodos de bioimpedância elétrica e antropometria. O conteúdo do material está organizado em seis capítulos: histórico e evolução conceitual da composição corporal, modelos de análise, procedimentos de análise da composição corporal, técnica de bioimpedância, técnica antropométrica e uso dos procedimentos clínicos em situações específicas. Espera-se que a presente publicação técnica possa oferecer importantes subsídios para profissionais de diferentes segmentos da área de saúde, contribuindo de forma significativa para ampliação de novos conhecimentos vinculados à avaliação morfofuncional, tornando-se, por sua vez, importante ferramenta de consulta para atuação profissional.
Respostas e adaptações positivas associadas à qualidade de vida, à saúde, à reabilitação, ao desempenho esportivo e à estética decorrentes do exercício físico são amplamente difundidas em estudos envolvendo diferentes tipos de delineamentos de pesquisa [1,2]. O exercício físico pode ser executado em vários ambientes, como é o caso de centros de fitness, clínicas, parques, praças, entre outros. Nas últimas décadas, os centros de fitness, comumente denominados de academias de ginástica, vêm tornando-se a alternativa preferencial de muitos adeptos. Estima-se que possam existir mais de 22 mil centros de fitness distribuídos pelo território brasileiro.
A procura por centros de fitness não deve ser restrita a um único público especificamente. A expectativa é que crianças, jovens, adultos, idosos e pessoas com algum tipo de deficiência venham praticar exercício físico neste mesmo ambiente. Contudo, atender às potencialidades e às limitações individuais é um dos principais aspectos a ser considerado no delineamento e na orientação de programas de exercício físico mais seguros e eficazes.
Com características variadas, pessoas com deficiências enfrentam diariamente desafios arquitetônicos, preconceitos e atendimento precário em diferentes ambientes sociais. Neste particular, dentre a classificação das deficiências, a deficiência física é definida como alteração completa ou parcial, em um ou mais segmento do corpo, que repercute mediante comprometimento na função física, sendo apresentada de diversas formas.
As lesões na medula espinal são as causas de deficiência física que, de acordo com o grau de gravidade, pode trazer alterações motoras, sensitivas, autonômicas e psicossociais. Quando necessário, o uso de cadeira de rodas torna-se fundamental para autonomia e independência do lesado medular. No entanto, a cadeira de rodas é um equipamento que acarreta dificuldade ergonômica na execução de quase a totalidade das tarefas.
Para atendimento adequado de usuários de cadeira de rodas em clubes de fitness, ou em qualquer outro ambiente de prática de exercício físico, é necessário que profissionais envolvidos nesse processo se apropriem de conhecimento específico para desempenharem de maneira adequada e satisfatória sua função.
Esta publicação foi idealizada com vistas a reunir informações sobre os motivos e a motivação para as aulas de educação física e a prática de exercício físico e esporte. Seu conteúdo está organizado em três partes. Na parte I são abordadas aproximações conceituais que facultam entender os componentes vinculados aos motivos e à motivação direcionados especificamente para as aulas de educação física, a prática de exercício físico e esporte. Na sequência, na parte II, são reunidos e discutidos instrumentos de medida mais frequentemente utilizados na monitoração dos motivos e dos perfis de motivação voltados às aulas de educação física e à pratica de exercício físico e esporte. Na parte III são compilados dados disponibilizados na literatura nacional e internacional relacionados aos motivos e ao perfil de motivação de escolares para as aulas de educação física e de praticantes de exercício físico e esporte, com intuito de identificar e analisar seus principais determinantes. A expectativa é que a publicação possa oferecer importantes informações sobre os indicadores motivacionais relacionados à adesão para as aulas de educação física no ensino básico e para a prática de exercício físico e esporte, o que poderá contribuir, de forma significativa, para ampliação de novos conhecimentos na área, tornando-se, por sua vez, em uma nova opção no auxílio de futuros estudos sobre o tema, além de auxiliar em ações de intervenção no contexto escolar e no âmbito de prática de exercício físico e esporte.
Existem diversas razões e justificativas para que os atletas jovens venham a diminuir seu interesse pela prática de esporte e, em alguns casos, a abandoná-lo precocemente. Mais recentemente, tem-se procurado apresentar novo fenômeno, conhecido na literatura internacional como burnout no contexto esportivo, que pode contribuir sobremaneira para entender a relação do atleta com o esporte.
Em síntese, burnout no contexto esportivo refere-se a uma síndrome multidimensional, ocasionada por complexa interação entre múltiplos fatores de demandas intensas, recuperação inadequada e frustrações de expectativas não cumpridas em que, por consequência, o atleta perde a motivação, o prazer, a satisfação e o interesse pela prática de esporte, vindo a apresentar percepção e atitudes de que o esforço físico e mental solicitado nos treinos e nas competições não compensa os benefícios eventualmente acumulados.
Mesmo considerando a importância de intervenções direcionadas à prevenção e ao controle de burnout para saúde psicológica e bem-estar dos atletas, no Brasil tem sido objeto de raras discussões na literatura vinculada ao esporte. Neste sentido, o conteúdo desta publicação esta organizado em duas partes: Parte I: compilação de informações disponíveis na literatura quanto aos conceitos e definições, aos modelos explicativos, às causas e consequências, às ações de intervenção e controle, à interface com motivação, aos instrumentos de análise e aos resultados de estudos já realizados referentes ao burnout em atletas jovens; e parte II: apresentação de resultados de levantamento referente à presença de burnout em amostra de atletas jovens do Estado do Paraná, com intuito de identificar seus determinantes e compreender possíveis associações com indicadores relacionados ao histórico de treino.
Esta publicação foi preparada com vistas a reunir informações quanto ao estresse laboral crônico, o que se denomina de burnout, que possa servir de embasamento necessário a melhor compreensão de tão importante tema relacionado à saúde e à produtividade dos trabalhadores de diferentes segmentos profissionais.
Especificamente no campo da educação física, o universo laboral de seus profissionais contempla atividades de ensino desde os anos iniciais de escolarização até treino/direção de equipes de esporte de alto rendimento, passando por serviços de prescrição e acompanhamento de exercício físico direcionado à promoção da saúde, à prevenção e ao controle de doenças, o que define essa classe profissional como sendo de elevada vulnerabilidade para burnout.
O conteúdo da publicação procura atender dois objetivos principais: (a) compilar informações disponíveis na literatura quanto ao conceito, à classificação, às concepções teóricas, à predisposição, à prevenção, às consequências e aos instrumentos para análise de burnout; e (b) apresentar resultados de levantamento referente à presença de burnout em amostra de profissionais de educação física, com intuito de identificar seus determinantes e compreender possíveis associações com indicadores demográficos, características laborais e estilo de vida.
Avaliação de atributos relacionados à prática de atividade física tem sido preocupação constante dos profissionais da educação física. E esse interesse se justifica, pois avaliar indicadores biológicos, comportamentais e socioculturais que apresentam relação direta ou indireta com a realização de esforço físico constitui tarefa cuja importância é comparável à complexidade, à diversidade e à dificuldade que lhes são inerentes. Os profissionais de educação física, no desempenho de suas funções, precisam tomar inúmeras decisões sobre prescrição e orientação da prática de exercício físico; contudo, decidir o que e como avaliar exige habilidades e conhecimentos específicos cada vez mais complexos.
A avaliação, os procedimentos e os recursos utilizados na área da educação física vêm se modificando extraordinariamente sob influência do desenvolvimento científico e tecnológico observado nesse campo, que, por sua vez, é muitas vezes determinado por diferentes tendências acadêmicas e profissionais.
Esta obra foi preparada com o objetivo de atender a duas necessidades principais: reunir informações disponíveis na literatura especializada sobre a avaliação de atributos relacionados à prática de atividade física que possam servir de embasamento necessário à melhor compreensão de tão importante tema ligado ao campo da educação física; e apresentar situações práticas relacionadas à análise e à interpretação adequadas de informações obtidas mediante a utilização de instrumentos de medidas apropriados para a avaliação de atributos de interesse para a educação física.
O seu conteúdo está estruturado em onze capítulos, cada um dos quais abordando um elemento específico de interesse do profissional da educação física, revelando os fundamentos que o norteiam e sua importância para a prática do exercício físico, as pautas de seleção dos instrumentos de medida, os protocolos e a padronização de medidas disponíveis para a coleta dos dados e as abordagens quanto à análise e à interpretação das informações reunidas.
Durante o processo de desenvolvimento do livro procuramos preparar o material mais significativo e útil possível. Nossa expectativa, pois, é de que este manual venha a constituir-se como importante recurso de consulta. Em um primeiro momento, nossa intenção foi preparar e dirigir um material de consulta imediata que pudesse servir aos colegas profissionais que prestam serviços relacionados à avaliação e à prescrição de exercícios físicos. No entanto, acreditamos que, por causa da quantidade de informações com características acadêmicas nele contidas, este estudo possa também se apresentar como opção de texto de referência aos cursos universitários de formação profissional no campo da educação física.
O controle do peso corporal constitui importante preocupação para sociedade atual. Estudos recentes apontam que, de cada três adultos, um apresenta sobrepeso ou é considerado obeso. Obviamente, esse número não vem aumentando nos últimos tempos porque se está, de maneira consciente, procurando ganhar peso corporal. Pelo contrário, proporção significativa da população vem tentando manter o peso corporal nos limites desejáveis, seja com finalidades estéticas ou com objetivo de preservar a saúde.
Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que a prevalência de sobrepeso e obesidade aumenta, mais se procura programas de controle do peso corporal. A falta de informações tem levado muitas pessoas a se deixarem enganar por produtos e métodos inovadores que prometem emagrecimento rápido, acompanhado por facilidades bastante convidativas e, por vezes, assegurando vantagens à saúde sem o equivalente respaldo do conhecimento científico.
Quanto mais se intensifica a indústria do controle do peso corporal, com a comercialização de produtos como “pílulas para emagrecimento”, adoçantes artificiais, bebidas e alimentos dietéticos, livros e publicações sobre dietas e exercício físico de efeito imediato, além de serviços como massagens para “queimar gordura”, ginástica sem esforço”, etc., menor quantidade de pessoas tem conseguido reduzir o peso corporal para níveis esperados; e, aqueles que conseguem, não os mantém por mais que algumas semanas. Desde que se continue a optar por assumir estilo de vida onde prevaleçam modelos de hábitos alimentares de elevado aporte calórico e de exercitar-se de maneira insuficiente, o combate ao excesso de peso corporal não deverá se tornar tarefa fácil.
O livro se propõe a expor, de maneira clara e concisa, as causas e as consequências do excesso de gordura e de peso corporal, os aspectos associados à orientação dietética e à prescrição de exercício físico voltados à prevenção e à reabilitação do sobrepeso e da obesidade, e os princípios que procuram nortear o processo de reeducação alimentar e de modificação dos hábitos de prática de atividade física necessários à elaboração e ao acompanhamento dos programas de controle do peso corporal direcionados à redução efetiva e permanente de peso corporal.
O livro foi escrito para atender dois objetivos principais: (a) reunir informações disponibilizadas na literatura quanto ao trinômio crescimento físico, composição corporal e desempenho motor que possa servir de embasamento necessário a melhor compreensão de tão importante tela para a prática do profissional de educação física; e (b) analisar o comportamento de indicadores que possam evidenciar as características de crescimento físico, composição corporal e desempenho motor em integrantes da população jovem da cidade de Londrina, localizada no interior do estado do Paraná, Brasil, procurando estabelecer um paralelo com informações existentes na literatura sobre este assunto.
O seu conteúdo está dividido em duas partes: Parte I – Aspectos de Fundamentação Básica, com nove capítulos, e Parte II – Estudo Descritivo, com seus capítulos. Na primeira parte procurou-se abordar, sinteticamente, as implicações e as concepções voltadas ao tema central do livro: crescimento físico, composição corporal e desempenho motor. A segunda parte é, na verdade, a apresentação e a discussão dos resultados encontrados em estudo de caráter descritivo com características populacionais, envolvendo jovens de uma comunidade específica do final da década de 1980.